dijous, 9 d’agost del 2012

Bolsa Família erradica miséria e ajuda Brasil a crescer, diz ministra

Um em cada quatro brasileiros já é beneficiário do Bolsa Família, mesmo com os recursos do programa consumindo apenas 0,46% do Produto Interno Bruto (PIB). Além disso, cada R$ 1 destinado ao programa retorna à economia como R$ 1,44. “Mais do que um gasto, é um grande investimento que nós estamos fazendo, não só para tirar a população da pobreza, mas para o país continuar a crescer”, afirmou a ministra do Desenvolvimento Social e Combate à fome, Tereza Campelo, nesta quarta (8).

dissabte, 23 de juny del 2012

A Rio+20 não é um fracasso


Setores do movimento ambientalista e alguns órgãos de mídia apressam-se em decretar a “falência” da Conferência da ONU sobre Desenvolvimento Sustentável, que termina nesta sexta-feira (22) no Rio de Janeiro. É preciso avaliar o evento em seu contexto e examinar o documento final levando-se em conta o mundo em que vivemos. Gilberto Maringoni

Rafael Correa: “Estamos diante de uma guerra não convencional”


Rafael Correa: “Estamos diante de uma guerra não convencional” 

Em uma entrevista especial concedida à Carta Maior e aos jornais Página/12, da Argentina, e La Jornada, do México, o presidente do Equador, Rafael Correa analisa o que considera ser um dos principais problemas do mundo hoje: o poder das grandes corporações de mídia que agem como um verdadeiro partido político contra governos que não rezam pela sua cartilha. “Essa é a luta, não há luta maior. Estamos diante de uma guerra não convencional, mas guerra, de conspiração, desestabilização e desgaste”. Carta Maior, La Jornada e Página/12

divendres, 22 de juny del 2012

Presidente do Ipea analisa a 'nova classe média'



Marcio Porchmann lança "Nova Classe Média?"


Por Caio Zinet
Caros Amigos


Durante a última década, o Brasil vivenciou um intenso fenômeno político e econômico, a ascensão de milhões de pessoas à chamada “nova Classe C”. Para analisar esse novo elemento social brasileiro, o presidente do Instituto de Pesquisa Aplicada (Ipea), Márcio Porchmann, escreveu o livro "Nova Classe Média?" pela editora Boitempo. O livro tem lançamento e debate programados para o dia 29 desse mês de maio, às 19h30, no prédio da Economia da PUC, em São Paulo.
Para o pesquisador há uma disputa sobre o que represente essa nova Classe, principalmente em torno da discussão se ela pertence a um setor da classe média, ou se é um setor da classe trabalhadora. Para ele, essa discussão tem intensas repercussões sobre a atuação e o papel do Estado .
“Se a identidade que nos estamos tendo é a de classe média a pressão para que o Estado subsidie o setor privado tenderá a ser maior. Se nós entendemos que se trata de novos segmentos no interior da classe trabalhadora a pressão é de outra natureza”, afirmou.
Ele traçou ainda um perfil dessas novas pessoas que ascenderam da base da pirâmide social, que pare ele escaparam da influência das instituições políticas democráticas. Para ele isso tem repercussões importantes na política brasileira.

Cidades-Urgente: colocar a questão urbana na agenda nacional. da Ermínia Maricato

Cidades-Urgente: colocar a questão urbana na agenda nacional

A Carta Maior está abrindo um espaço semanal, que será coordenado pela professora Erminia Maricato para dar à questão urbana o lugar que lhe deveria caber no debate público. "As cidades fornecem destaques diários para a mídia escrita, falada e televisionada. A questão urbana, então, ocupa um espaço prioritário na agenda política nacional. Certo? Muito longe disso, a questão urbana está fora da agenda política nacional. Na próxima semana leremos alguns dos mais informados e experientes profissionais e estudiosos de políticas urbanas no Brasil, que, além dessas virtudes, se classificam como ativistas de direitos sociais e justiça urbana", explica a arquiteta e urbanista no artigo que abre esta seção.

Boaventura critica a economia verde, e Paul Singer exalta a economia solidária

Boaventura critica a economia verde, e Paul Singer exalta a economia solidária

“É uma perversão total transformar a natureza em mercado. Economia verde é suprir o capitalismo com mais capitalismo”, disse Boaventura de Sousa Santos, em debate na Cúpula dos Povos. “A economia solidária vai ser a economia de transição, ela vai nos ajudar a fazer o trânsito entre a produção e o consumo”, afirmou. Para Paul Singer, “é o melhor modelo desenvolvido até agora”.

Brasil e China assinam protocolos de cooperação sobre finanças, aviões e satélites

Brasil e China assinam protocolos de cooperação sobre finanças, aviões e satélites

Os acordos foram definidos por meio de reunião bilateral realizada nesta quinta-feira (21), na Rio+20. Foram definidos planos de colaboração nas áreas financeira, comercial, de investimentos, tecnológica, cultural e educacional. “Brasil e China estão estreitando seu relacionamento. Ambos países estão se tornando parceiros globais estratégicos”, afirmou o ministro Guido Mantega.

O campo político brasileiro, do Emir Sader

O campo político brasileiro
20/06/2012. Emir Sader

Há duas décadas que o campo político nacional no Brasil se polariza em duas frentes: aquela liderava pelo PSDB e a liderada pelo PT. Desde que os tucanos, levados por FHC, se aliaram ao então PFL e assumiram o modelo neoliberal, o espaço à direita do campo politico ficou ocupado pela aliança liderada pelo PSDB e que tem tido no atual DEM (e secundariamente pelo PPS). No outro polo, o PT ocupa o espaço à esquerda, em aliança com outros partidos como o PSB, o PC do B, o PDT e outras forças, como a força posneoliberal. As oscilações se deram pela adesão do PDMB e outros partidos de centro e de direita, ao bloco governante.

dijous, 21 de juny del 2012

El gran expolio de la crisis: la riqueza sigue concentrándose


El gran expolio de la crisis: la riqueza sigue concentrándose
Daniel Raventós
Toda especulación mercantil que hago a expensas de la vida de mis semejantes no es tráfico, es bandidaje y fratricidio (…) ¿Por qué no deben las leyes detener la mano homicida del monopolista, del mismo modo que lo hacen con el asesino ordinario? (M. Robespierre)
Ante el constante y creciente número de bancos e instituciones financieras que fueron entrando en quiebra, el 25 de septiembre de 2008 el gobierno de Estados Unidos aprobó un plan general de rescate a la banca conocido como TARP (Troubled Asset Relief Programm). El plan se evaluaba en la enorme suma de 700.000 millones de dólares. [1] El TARP fue aprobado, la banca fue rescatada generosamente, y los mismos senadores que mayoritariamente votaron a favor, “se negaron a continuación a votar un plan para extender los beneficios del subsidio de paro de 800.000 norteamericanos sin trabajo”. [2] 

Estudo do IBGE fortalece modelo brasileiro de desenvolvimento


Estudo do IBGE fortalece modelo brasileiro de desenvolvimento 

O Brasil reduziu o ritmo de desmatamento da Amazônia Legal e de emissão de gás estufa. Aumentou o número de áreas de proteção ambiental e garantiu maior participação popular na fixação da agenda sobre desenvolvimento sustentável. Avançou no acesso à água, esgoto e coleta de lixo. Criou empregos, reduziu a pobreza e diminuiu pela metade a mortalidade infantil. Embora desafios ainda sejam muitos, os Indicadores de Desenvolvimento Sustentável, divulgados pelo IBGE, fortalecem modelo de desenvolvimento brasileiro.

Emir Sader: “Como ter um programa como o Luz para Todos sem energia"


“Como ter um programa como o Luz para Todos sem energia"

Em debate realizado na Cúpula dos Povos, o sociólogo Emir Sader, secretário executivo do Conselho Latinoamericano de Ciências Sociais (Clacso), debateu as supostas contradições envolvendo justiça ambiental e justiça social e defendeu as políticas sociais do governo brasileiro. “Como ter um programa como Luz para Todos se não temos energia suficiente para que cada casa receba o bem?", indagou o sociólogo.

Alemania en la “Gran Desigualdad”.

Alemania en la “Gran Desigualdad” (*)

Sobre el momento alemán en la crisis mundial
El gran reto al hablar de la eurocrisis consiste en insertar apropiadamente a Alemania en la gran crisis de civilización a la que asistimos y en el entramado de lo que se ha venido a llamar la Gran Divergencia. Ese concepto, que aquí rebautizamos como Gran Desigualdad, fue acuñado por el economista y premio Nóbel Paul Krugman en un libro de 2007 que lleva por título, The conscience of a liberal. El concepto ofrece la ventaja de que permite al historiador insertar en él la evolución del capitalismo del último medio siglo -como hace nuestro ilustre historiador Josep Fontana en su último libro- que ha llevado al mundo a una desigualdad extrema en la que a una quinta parte de la población del planeta le corresponde sólo el 2% del ingreso global, mientras el 20% más rico concentra el 74% de los ingresos.  [1]

Resumiendo, la tesis de Krugman que Fontana ha explotado es la de que a partir de los años setenta el Capital perdió el miedo a los factores que perturbaban, y moderaban, su sueño histórico de dominio y beneficio sin concesiones ni fisuras. Es entonces cuando, aprovechando la primera crisis del petróleo de 1973, se comienza a desmontar el pacto social de posguerra en los países del capitalismo central, pacto que incluía una cierta socialización de la prosperidad, lo que a su vez contribuía a ampliar el consumo y a alimentar el crecimiento. A partir de políticos como Carter, Reagan y Thatcher, eso se sustituye por un enfoque dirigido al enriquecimiento exacerbado de una minoría oligárquica: el enriquecimiento de los más ricos a expensas de trabajadores y clases medias.

dimecres, 9 de maig del 2012

A BANCA AMEAÇA O BRASIL COM A SECA DE CRÉDITO


A BANCA AMEAÇA O BRASIL COM A SECA DE CRÉDITO

O  Estado brasileiro coordenou a queda da Selic, cortou os juros nos bancos estatais e assumiu o risco de reformular a poupança, tirando o piso de apoio da espiral rentista. Acuada nessas frentes, a banca dissimulou sua resistência em silêncio, mas decidiu boicotar a estratégia no cerne: recusa-se a expandir o crédito, um dos requisitos para mitigar o contágio da economia brasileira pela recessão mundial que se agrava na Europa. Nesta 3ª feira, o sindicato dos bancos, a Febraban, abriu o jogo pelos jornais. As declarações do  economista -chefe da instituição, Rubens Sardenberg, excretavam uma postura desafiadora de boicote que não poderia ficar sem respostas. "Você pode levar um cavalo até a beira do rio, mas não conseguirá obrigá-lo a beber água", disse Sardenberg. O coice revoltou a Presidenta Dilma. Mais que retratação, este novo conflito com a banca recoloca a grande pergunta evidenciada pela crise neoliberal: a tarefa pública de prover crédito e financiamento à economia pode ficar sob controle da ganância privada? 

divendres, 20 d’abril del 2012

Sob pressão, Itaú e Bradesco reduzem juro para não perder mercado

El govern brasileny mou fitxa, mitjantçant els bancs públics (Banco do Brasil i Caixa Econômica) per aconseguir reduir el poder dels bancs privats sobre el conjunt de l'economia.
Bradesco i Itaú, dos dels més grans bancs privats
 
Além da pressão política, os dois maiores bancos privados do país anunciam a redução de suas taxas de juros para não perder clientes. Segundo a Associação Nacional dos Executivos de Finanças, temor é que se repita 2008, quando, diante do início da crise internacional, Itaú Unibanco e Bradesco restringiram o crédito e perderam mercado para Banco do Brasil e Caixa. Com juro mais baixo, em seis dias o BB já elevou em 45% a concessão de crédito pessoal.

dimarts, 17 d’abril del 2012

Presidencials a França, oportunitat per l'esquerra

Jean-Luc Mélenchon

La perspectiva de victòria del candidat Hollande, del PS, i de creixement inèdit del candidat del Front d’Esquerres (FE, amb la participació del PCF), Jean-Luc Mélenchon, estan desfermant l’entusiasme de la socialdemocràcia i l’esquerre a França i al món.

O único meio de enfrentar o tsunami monetário

A Presidenta Dilma Rousseff tem dado um show nas suas relações internacionais. E está dando um show ainda maior na relação com os banqueiros internos. Pela primeira vez na história, um presidente da República que entende do riscado, contornando as ambigüidades de seu próprio Ministro da Fazenda, decidiu enfrentar a máfia bancária tocando no ponto essencial dos spreads exorbitantes, sem paralelo no mundo. O artigo é de J. Carlos de Assis (*)
 
Quando a presidenta Dilma acusa os bancos centrais dos EUA e da Europa de provocarem um tsunami monetário que afoga em dinheiro barato os países emergentes, o que ela tem em vista, no fundo, é o efeito cambial que isso causa, levando à valorização de nossa moeda, ao aumento de importações e queda de exportações, tendo por conseqüência última a expansão do desemprego. Ela está cheia de razão, portanto. Contudo, é uma ilusão achar que a solução para isso está na mudança da política monetária de EUA e da Europa. Está no nosso próprio quintal.

Tanto o presidente Obama como os líderes da área do euro se impuseram fortes restrições em matéria de política fiscal: Obama, com menos gosto (condicionado pelo Partido Republicano), e a Europa, sob o tacão alemão, francês e inglês, de extremo conservadorismo e ortodoxia fiscal. Portanto, se é para usarem a política macroeconômica para estimular a economia, só têm como alternativa a política monetária, que por sinal não é de governo (é dos BCs) e nem está direcionada para a retomada do crescimento, mas para a salvação do sistema financeiro.

Na medida em que os países industrializados avançados insistem na política de arrocho fiscal, com a única expectativa de aumentar as exportações, a desvalorização do câmbio se manterá como arma voltada contra o resto do mundo num esquema de protecionismo disfarçado pelo câmbio. Não adianta a Presidenta protestar contra isso. Ela tem que tomar medidas concretas para barrar o tsunami na fronteira de nosso quintal. Basicamente, tem que adotar controles de movimentos de capitais mais fortes que os adotados até aqui com o modesto aumento do IOF.

Isso não depende de banco central estrangeiro nem de outros governos. Está na órbita de nossa soberania. Até mesmo o FMI passou a admitir controles de capitais em situações excepcionais, e esta, indubitavelmente, é uma situação excepcional. Não é que seja necessário bloquear todo o dinheiro que tenta entrar. Basta bloquear o dinheiro especulativo. Ou adotar uma espécie de filtro para deixar passar apenas os recursos externos destinados a investimentos produtivos, que certamente ajudam na geração de emprego e renda internos.

Claro que a Bolsa sentirá um baque pois o dinheiro especulativo alimenta a valorização de ações no mercado. Contudo, deveremos hipotecar a saúde da economia brasileira ao conforto de meia dúzia de especuladores no mercado acionário? Há quanto tempo não se ouve falar sobre colocação primaria de ações em nosso mercado, no único momento em que a Bolsa efetivamente contribui para o financiamento de atividade produtiva? Também o acesso de dinheiro externo a aplicações em títulos de liquidez diária, sobretudo públicos, deve ser totalmente eliminado.

A Presidenta tem dado um show nas suas relações internacionais. E está dando um show ainda maior na relação com os banqueiros internos. Pela primeira vez na história, um presidente da República que entende do riscado, contornando as ambigüidades de seu próprio Ministro da Fazenda, decidiu enfrentar a máfia bancária tocando no ponto essencial dos spreads exorbitantes, sem paralelo no mundo. Isso nos anima a esperar medidas igualmente efetivas no campo das relações financeiras internacionais, no qual a questão do controle de capitais tornou-se simplesmente vital.

(*) Economista e professor, presidente do Intersul, autor, com o matemático Francisco Antonio Doria, do recém-lançado “O universo neoliberal em desencanto”, pela Civilização Brasileira. Esta coluna sai também no site Rumos do Brasil e, às terças, no jornal carioca Monitor Mercantil.

http://www.cartamaior.com.br/templates/materiaMostrar.cfm?materia_id=19960&boletim_id=1168&componente_id=18694

dilluns, 16 d’abril del 2012

Cúpula das Américas: Dilma passa um sabão no Tio Sam

http://www.cartamaior.com.br/arquivosCartaMaior/FOTO/89/banner_34611.jpg
DILMA PASSA UM SABÃO NO TIO SAM 15/04/2012
A participação insípida do presidente dos EUA, Barack Obama, na Cúpula das Américas foi a personificação de um divisor histórico: o império nada tem a dizer ou a propor de relevante aos povos latino-americanos. A intervenção brasileira, ao contrário, foi ovacionada com risos e palmas pelos demais chefes de Estado presentes. Caberia a Dilma contrapor ao caquético catecismo da subordinação comercial o ponto de vista estratégico de uma América Latina cada vez mais encorajada a buscar seu próprio caminho e, mais que isso, definitivamente convencida de que esse caminho de soberania e desenvolvimento não cabe no acostamento estreito destinado historicamente à região pela Casa Branca. Em um improviso mais de uma vez aplaudido, ela despertou o orgulho latino-americano diante de um Obama sonolento, ausente e blasé. O velho Tio Sam já não dá mais as ordens por aqui.

A participação insípida do presidente dos EUA, Barack Obama, na Cúpula das Américas foi a personificação de um divisor histórico: o império nada tem a dizer ou a propor de relevante aos povos latino-americanos. Em crise, patinando entre a tibiez de uma estratégia econômica que se compraz em mitigar a ortodoxia em casa e uma diplomacia bélica que chafurda na areia movediça de conflitos múltiplos e insolúveis, do Oriente Médio à Coréia, passando pelo embargo à Cuba e querelas com a Venezuela, o poderio ianque naturalmente não está derrotado. Mas é visível a sua exaustão. Obama personifica-a como um Tio Sam cansado da guerra.

Ainda que seja o melhor que a política norte-americana tem hoje a oferecer, convenhamos, é parcimonioso. Essa percepção de esgotamento extravazou das intervenções do democrata em Cartagena, na Colômbia. A um mosaico de nações que luta contra um legado secular de pobreza, desigualdade e truculênca nas relações com o Big Brother, e ainda assim desponta como um dos horizontes mais dinâmicos da economia mundial, Obama ofereceu a velha e gasta 'cooperação' do mascate viajante.

Instado a comentar a ascensão da classe média regional e, sobretudo, brasileira, murmurou memorizando as fichas preparadas pelo Departamento de Estado: "Uma classe média próspera e ascendente abre mercado para as nossas empresas. Aparecem novos clientes para comprar ‘Iphones', ‘Ipods, Boeings'..." "Ou Embraer!", atalhou-o a presidenta Dilma Rousseff , num aparte bem-humorado, mas também altivo e ao mesmo tempo revelador da miúda visão política autocentrada do chefe de Estado norte-americano.

A intervenção brasileira foi ovacionada com risos e palmas pelos demais chefes de Estado presentes. Caberia a Dilma, ainda, contrapor ao caquético catecismo da subordinação comercial o ponto de vista estratégico de uma América Latina cada vez mais encorajada a buscar seu próprio caminho e, mais que isso, definitivamente convencida de que esse caminho de soberania e desenvolvimento não cabe no acostamento estreito destinado historicamente à região pela Casa Branca. Em um improviso mais de uma vez aplaudido, ela despertou o orgulho latino-americano diante de um Obama entre sonolento, ausente e blasé.

Disse-o com assertiva altivez a Presidenta de todos os brasileiros e, agora também, uma referência aos latino-americanos que já haviam sido cativados por Lula: "As relações assimétricas foram muito negativas para o nosso Continente. Nos últimos 20 anos, tivemos recessão, desemprego e ausência de perspectivas de crescimento. O relacionamento virtuoso é aquele que respeita a soberania dos países e enxerga o crescimento recíproco como essencial. Todos aqui nessa mesa fomos países coloniais, inclusive os Estados Unidos, que pegou em armas para defender sua independência. Todos sabemos que não há diálogo entre desiguais", concluiu Dilma fechando um ciclo da cúpula das Américas.

Ou melhor, anunciando o novo capítulo da luta pelo desenvolvimento continental.
Postado por Saul Leblon às 18:05
http://www.cartamaior.com.br/templates/postMostrar.cfm?blog_id=6&post_id=953

divendres, 30 de març del 2012

Revista co.bas març de 2012 crida a la vaga general i mobilitzacions al maig

Clika i descarrega la revista de co.bas estatal de març de 2012. Convocatòria a la vaga general, infomacions sobre la dita Reforma Laboral, l'acord CC.OO.-UGT-CEOE-PYME per congelar salaris i el debate sobre el futur de l'Euro.

http://www.cobas.org/index.php?option=com_phocadownload&view=category&id=11%3Arevista-cobas&download=59%3Amarzo-2012&Itemid=143&lang=es

Espanha, greve geral do caralho neste 29 de março, há força e energia para uma mudança política e social

Grandíssima greve geral aconteceu o 29 de março no Estado espanhol. De acordo com dados do Indicador de Consumo de Eletricidade por conta da atividade produtiva, elaborado pelo ECONOMISTAS FRENTE A LA CRISIS, o consumo de eletricidade imputável à atividade produtiva caiu até um 87,7% devido à incidência da mesma.
A imprensa, de forma quase unânime, reconhece uma incidência de em torno dos 80% ou 90% nos setores industriais e na construção. Prestigioso jornal da capital do Reino da Espanha afirma que o seguimento da greve nas regiões do norte do país, principalmente no País Basco e na Galícia, foi na totalidade de em torno do 90%. Para não ficar dúvida do nível de adesão da maioria da população, grandissíssimas manifestações e passeatas percorreram as ruas centrais do conjunto das grandes cidades: Madri, Bilbao, Barcelona, Valência, Sevilha, Zaragoza e outras. Mesmo em cidades menores foi possível assistir a concentrações inéditas de povo. Hoje, por exemplo, veterano “camarada” da luta contra a ditadura nos anos 70 na cidade de Terrassa (200 mil habitantes), na grande Barcelona, o Domènec, comentava: “não lembro uma multidão assim na cidade, nem nos ‘melhores’ tempos de luta”.
Com tudo, o governo direitista do presidente Rajoy, ficou na dele. Não pensa nem mover uma vírgula da lei que provocou a convocatória da jornada de greve. A luta, assim pois, parece na verdade ter somente dado início para um novo e longo ciclo com características mais de “guerra” do que de luta de classes.
“Taí, eu fiz tudo pra você gostar de mim,
Ai meu bem não faz assim comigo não,
Você tem, você tem que me dar seu coração...”
É a Nara Leão, mas essa aqui poderia ser a música dos sindicatos “oficialistas”, ou os chamados de “majoritários”, na Espanha, as Comissões Obreras (CCOO) e a União Geral dos Trabalhadores (UGT). Na tentativa de manter alguns dos a cada vez menos direitos trabalhistas, estes vêm sistematicamente assinando todos os “acordos” com a patronal e os governos que posam garantir a tão desejada “competitividade” do país. Assim, os dois sindicatos, durante o último ano, transaram com a modificação do sistema de previdência social (ampliação da idade de aposentadoria dos 65 aos 67 anos, com redução da pensão) e já no acabar do 2011 com o arrocho salarial do conjunto de trabalhadores para, no mínimo, os dois próximos anos.
Mas o capital e os seus gestores no governo, antes do Partido Socialista e hoje do partido chamado de Popular, como a/o taimada/o amante da música, se sabendo dona/o do pedaço, e ainda para dar satisfação às reclamações da Comissão Européia, do Banco Central Europeu e do Fundo Monetário Internacional (a famosa troika), aprofundou nas chamadas de mudanças estruturais do mercado de trabalho. É a conhecida como “Reforma Laboral”, na verdade uma autêntica regressão histórica das garantias e direitos trabalhistas. Para o pessoal que entra de novo no mundo de trabalho as mudanças não fazem muita diferença. O alvo, de fato, é liquidar os direitos antigos e de quem tem contrato do “velho modelo”. Velho modelo, segundo os arautos do capital e a direita pura e dura, corporativista e de trabalhadores que querem manter “privilégios” e fazem com que a economia não sejam competitiva. Isso mesmo, que não dá para concorrer contra o trabalho escravo e os salários de miséria. Ou seja, igualação pelo baixo no nível mundial.
O Estado espanhol assiste, de fato, a um desmonte do discreto, mas historicamente importante, estado do bem-estar que o pacto social e político atingido na transição da ditadura para a atual democracia de baixa intensidade. E com esse desmonte vão embora não poucos direitos, ao trabalho, à educação e assistência saúde pra começar.
Os trabalhadores e povo do Estado espanhol se olham já no caso da Grécia. De acordo com economistas que trabalharam para o Banco Central da Espanha o país não tem como garantir o pagamento da dívida externa, que sendo em dois terços de origem privado ficou nas costas do Estado, ou seja da população trabalhadora.
O sucesso da greve de ontem poderia ser motivo de felicidade, até porque ela acontece quase que a um ano do estouro das ocupações das praças pelo povo indignado. Mas, se continuarmos a olhar para a Grécia, dá pra ver que o caminho duro pode ainda, e de fato o será, ser muito longo e pesado.
Vive-se uma situação paradoxal de raiva e medo, que empurra para a luta mas que freia também. Nesse cenário, o sindicalismo alternativo, as alianças político-sociais de movimentos vários: pelo direito à moradia, contra o pagamento da dívida, dos desempregados, migrantes... vão ganhando corpo, ao tempo que o próprio sindicalismo “oficialista” vê-se obrigado a posições de combate. Ontem, os dirigente destas agremiações já vinham ameaçando ao governo central e das autonomias (equivalente aos Estados brasileiros), com uma mobilização contínua e permanente.
Agora, se a coisa for muito mais longe, fala-se já, no caso da Grécia, em intervenções militares. Recentemente, colunista de prestígio do El País, chamava a atenção para uma previsível ou eventual vitória eleitoral ou nas ruas de forças d’esquerda radicais no país heleno, advertindo: nem as “classes superiores” gregas nem os “sócios” da União Européia vão permitir isso, e daí uma intervenção militar poderia entrar na agenda. Veja-se, de outro lado, que há agora já alguns meses, a cúpula militar grega sofreu algumas mudanças que, na época, já foram interpretadas nesse sentido.
Pois bem, tudo indica que a história vai dar muitas novidades ainda na colonial, imperialista, conservadora, mas também berço do movimento operário e revolucionário, onde ainda consegue mais ou menos sobreviver o “estado do bem-estar”, esta “velha Europa”.
Pep Valenzuela
Barcelona
30/03/2012

dimecres, 28 de març del 2012

Comentaris en torn de la dita "Reforma" laboral del PP,.. de Marx, Lefebvre i Paulinho de la Viola

M'he trobat amb això aquests dies i volia compartir-ho. Abraçades i visca la vaga general!

"La demanda de hombres regula necesariamente la producción de hombres, como la de cualquier otra mercancía. Si la oferta es mucho mayor que la demanda, entonces una parte de los trabajadores caerá en la mendicidad o morirá de hambre. De modo que la existencia del trabajador se halla reducida a las mismas condiciones de existencia de cualquier otra mercancía. El trabajador se ha convertido en una mercancía, y para él es una suerte poder encontrar a quien venderse. En cuanto a la demanda, de la que depende la vida del trabajador, dependen a su vez del capricho de los ricos y capitalistas. Si el volumen de la oferta supera la demanda, entonces una de las partes que constituyen el precio -beneficio, renta, salario- será pagada por debajo de él; es decir, que una parte de estas aportaciones se queda sin aplicación en el precio, y así el precio de venta gravita alrededor de un punto medio, el precio natural. Pero 1º, una vez alcanczado un alto nivel de división del trabajo, es el trabajador quien tropieza con más dificultades para cambiar la orientación de su trabajo; 2º él es el primer afectados, dada su subordinación al capitalista."

MARX, Karl. Manuscritos de París. OME-5/Obras de Marx y Engels
Crítica. Grupo editorial Grijalbo. Barcelona, 1978


"La problemática (para continuar hablando a los filósofos) se formula con claridad. Hay dilema. O bien ir más lejos que Hegel en el camino de la unidad entre la razón (filosófica) y la realidad (social), es decir, en el camino de la realización de la filosofía; dejar de aceptar la separación de los filosófico y de lo no filosófico, de lo superior y de lo inferior, de lo espiritual y de lo material, de lo teórico y de lo práctico, de lo "culto" y de lo inculto; enfocar a partir de ahí una transformación no sólo del Estado, de la vida política, de la producción económica o de la estructura jurídica y social, sino también de lo cotidiano. O bien volver a la metafísica, hacia la angustia y la desesperación de Kierkegaard, hacia ese nihilismo que Nietzsche quería superar; volver a los mitos y, finalmente, hacer de la filosofía misma el último de los mitos cosmogónicos y teológicos."

LEFEBVRE, H. La vida cotidiana en el mundo moderno. p. 24
Alianza Editorial. Libro de bolsillo. Madrid. 1984 (Tercera edición)
"Que trabalho é esse que madaram me chamar?
se for pra carregar pedra não adianta eu não vou lá... que trabalho!
Quando chego no trabalho,
o patrão vem lá com aquela história,
que o serviço não está rendendo,
Eu peço as minhas contas e vou-me embora.
Quando eu falo do aumento,
ele sempre diz que não é hora...
Quando eu falo do aumento,
ele sempre diz que não é hora...
que trabalho!
Veja só meu companheiro,
a vida de um trabalhador,
trabalhar por tão puco dinheiro
não é mole não senhor.
Pra viver dessa maneira eu prefero ficar como estou... que trabalho!
Que trabalho é esse que madaram me chamar?
se for pra carregar pedra não adianta eu não vou lá... que trabalho!
Todo dia tudo aumenta,
ninguém pode viver de ilusão.
Assim eu não poso ficar, meu compadre,
esperando meu patrão
e a família lá em casa sem arroz e sem feijão,
como é que fica!?
Que trabalho é esse que madaram me chamar?
se for pra carregar pedra não adianta eu não vou lá... que trabalho!


DA VIOLA, Paulinho. "Zumbido" (O talento de Paulinho da Viola)

dimarts, 27 de març del 2012

Creix l'ocupació formal a Brasil

Baixo desemprego e alta do rendimento são recordes em fevereiro no país, aponta IBGE

O rendimento médio real dos ocupados, já com desconto da inflação, atingiu em fevereiro o nível mais alto da série histórica, iniciada em 2002, com remuneração de R$ 1.699,70. Também a taxa de desemprego no mês, de 5,7%, é a menor já apurada da série, segundo dados divulgados nesta quinta-feira (22) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

Da Redação

São Paulo - A taxa de desemprego registrou 5,7% no país em fevereiro, o menor valor para esse mês desde o início da série, em 2002. Houve um pequeno aumento em relação a janeiro (5,5%), mas uma queda considerável ao apurado em fevereiro de 2011 (6,4%).

Os dados foram divulgados nesta quinta-feira (22) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística.

A população desocupada (1,4 milhão de pessoas) foi considerada estável no confronto com janeiro. Quando comparada com fevereiro do ano passado, recuou 8,6% (menos 130 mil pessoas).

O número de trabalhadores com carteira assinada no setor privado (11,2 milhões) não registrou variação na comparação com janeiro. Na comparação anual, houve uma elevação de 5,4%, o que representou um adicional de 578 mil postos de trabalho com carteira assinada em um ano.

A evolução da renda também é positiva. O rendimento médio real dos ocupados atingiu R$ 1.699,70, o valor mais alto desde o início da série. Ele aumentou 1,2% em comparação com janeiro e 4,4% sobre fevereiro do ano passado.

A massa de rendimento real dos ocupados (R$ 38,7 bilhões) aumentou 1,6% em relação a janeiro. Em comparação com fevereiro de 2011, a massa cresceu 5,8%. A massa de rendimento real efetivo dos ocupados (R$ 47,1 bilhões), estimada em janeiro de 2012, caiu 0,7% no mês e subiu 29,6% no período de um ano.

A Pesquisa Mensal de Emprego é realizada nas regiões metropolitanas de Recife, Salvador, Belo Horizonte, Rio de Janeiro, São Paulo e Porto Alegre. A publicação completa da pesquisa pode ser acessada na página
www.ibge.gov.br/home/estatistica/indicadores/trabalhoerendimento/pme_nova/.